terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu também quero correr

Cadeirantes reclamam que faltam categorias específicas para competir na maioria das corridas de rua em Fortaleza


Amigos, a reportagem abaixo mostra na integra a realidade de atletas cadeirantes que querem participar de corridas de Rua em Fortaleza-Ce, não há nesta cidade a preoucupação com os cadeirantes que aqui residem às calçadas são esburacadas, altas, sem rampas e em muitos casos servem como estacionamento, diante destes problemas básico de acessibilidade imagina os paratletas que queiram participar de corridas de rua, corremos de teimosos temos a impressão nítida que seria melhor que não participássemos a começar pela falta da categoria cadeirantes, de premiação e percursos inadequados tipo ruas de paralelepípedos, isso mostra como as corridas de Rua na Cidade de Fortaleza são excludentes e o pior de tudo é que a maioria dessas corridas acontece com patrocínio de recursos públicos.
Precisamos dar um basta nisso.

Reportagem do Jornal o Povo:
Evaldo Abel de Souza adaptou uma cadeira de rodas comum para poder participar de corridas de rua em Fortaleza: Somos atletas como quaisquer outros. Só queremos nosso espaço nas corridas de rua" (EDMIAR SOARES)
Quando se quer disputar uma corrida não há o que impeça. Exemplo disso é o cadeirante Evaldo Abel de Souza, funcionário público de 43 anos, que acordou cedo para participar da 5ª Corrida Cagece, ontem.

Sem ter como investir numa cadeira especial de corrida, que custa em torno de R$ 12 mil, Abel improvisou a construção do equipamento. Comprou uma cadeira de rodas comum, adaptou um eixo com uma roda de bicicleta infantil na ponta e cortou e emendou um pneu no tamanho certo.

E depois de estudar e testar melhorias aerodinâmicas, ele corre de igual para igual com os melhores competidores não-cadeirantes. “Estou com o tempo de 39 minutos para 10 quilômetros. Posso chegar a 35 sem muito esforço, na minha cadeira”, aposta.

O problema é que, no extenso calendário de corridas em Fortaleza, poucas são as que oferecem uma categoria específica para quem faz uso de cadeira de rodas. Por isso, o portador de deficiência que não abre mão de participar de disputas assim fica sem premiação e sem a oficialização de seus tempos.

Sem resultados reconhecidos, a busca por patrocínios e índices fica comprometida. “Somos atletas como quaisquer outros. Só queremos nosso espaço nas corridas de rua”, defende Abel.

Mãos que voam

Junto com Abel, outros cadeirantes ligados à Associação dos Deficientes Motores do Ceará marcam presença em corridas mesmo sem categoria própria para eles.

A intenção é chamar a atenção de organizadores para a criação de condições de competição adequadas aos portadores de deficiência.

À frente do projeto Mãos que voam, voltado ao para-atletismo, Franklin Cunha compete há 21 anos e funciona como um assessor de corridas para cadeirantes. “Aqui ainda não vêm a pessoa com deficiência como atleta”, reclama.

Fonte: Jornal o Povo 22/08/2011, Reporter Ana Flávia Gomes

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